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quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Toronto. Muito mais que uma pequena Nova Iorque

     Toronto é definitivamente uma grande cidade. Seus prédios  parecem alcançar as estrelas. Uns mostrando aos outros as suas vestimentas de vidro, cimento e metal.  Com suas  arquiteturas de diversos estilos de época, gerando admiração e inveja nos demais arranha-céus. Aos seus pés, divididos por entre grandes avenidas - que diante do gigantismo das edificações parecem minúsculos caminhos- circulam microscópicos automóveis e muita gente, que se não fossem pela quantidade, nem seriam sequer notados.

    Sempre  lambida por um vento constante que vem de seu grande lago, o lago Ontario, podendo refrescar um dia quente de verão ou congelar os ossos nos demais dez meses do ano.
   Toronto é bela, em sua modernidade. Cosmopolita. Com gente  representando  todo o planeta , seja por suas faces,  por infinitos restaurantes de todos seus recantos, bares, cafés e lojas multiétnicas. Seu charme torna injusta a máxima de que seria somente uma pequena Nova Iorque. A assertiva tola, a toda hora ouvida dos locais, de que produtores e cineastas filmam em Toronto para fingir ser Nova Iorque, não me parece nenhum elogio. Toronto não precisa da comparação com a gigante do sul para se promover.

   Vale á pena andar por seus diversos bairros. Perca-se por entre áreas de grandes prédios,regiões de ruas estreitas  com casas vitorianas, lojinhas variadas, restaurantes de cores e sabores estranhos e diversos, ou suas avenidas de grandes lojas e enormes  shopping centers, mas tudo com uma calma e limpeza tão canadense quanto a sua folha símbolo.
    Depois de um longo voo, chegando ao hotel, tome uma chuveirada e "pé na rua". Hospedei-me no Metropolitan hotel, de boa localização e boa relação custo-benefício . www.metropolitan.com/toronto
   Após o citado banho, caminhe até o famoso shopping Eaton Centre na chamada Downtown Yonge www.torontoeatoncentre.com. São centenas de lojas e uma grande praça de alimentação, para se avaliar e, eventualmente, comprar alguma lembrancinha, ou muito mais. Ao final deste primeiro dia, vá a um pub ou um café perto do hotel. Tome um drinque relaxante antes de recuperar o sono perdido.
   Na manhã seguinte, optei por visitar Niagara falls. Para conhecer a famosa queda d'água, pegamos o trem da estação central de Toronto e, após 1h 52 minutos, passando por cidades e planícies de fazendas, chegamos á pequena estação de Niagara Falls. O trem sai às 8:52 hs e retorna ás 18 hs, sendo estas as únicas opções de horários.
   Pode-se ir de diversas outras formas a Niagara. Desde excursões até  um carro alugado. Mas foi esta a opção que fizemos. Tudo comprado no site da eficiente  http://www.viarail.ca/ .
      Da estação, pegamos um ônibus para o parque onde fica a famosa cachoeira. A região é bonita e as quedas d'água – são duas- são um tanto impressionantes. Talvez um pouco chochas para quem está acostumado às quedas do Iguaçu. É natural do ser humano se encantar mais com o que não pode comparar. Um defeito humano apenas. As cachoeiras merecem mais. São bonitas sim. Há um passeio que os locais adoram, de barco, até próximo das mesmas, onde você poderá se encharcar com as suas águas.

    Após a vista das cachoeiras, há uma grande torre observatório e uma cidade  repleta de ruas, com lojas e restaurantes de tudo que há de  pior na cultura norteamericana. Tudo que for junk food, ou lojas de tralhas, bugigangas e porcarias, com uma poluição visual de doer na alma, está por lá. Tudo de um mal gosto absurdo. Para quem conhece, parece uma pleasure island da disney misturada com gente e uma bagunça que lembra a José Paulino em São Paulo na véspera do natal ( sem preços em oferta).

   O que salvou o dia foi termos descoberto um shopping cassino, onde pelo menos havia um ar condicionado, em um dia abrasante de verão, e um restaurante agradável.
   Aconselho a não me imitar e alugar um carro por um dia para visitar a região. Um aluguel de um dia fica a bom preço e você poderá visitar, após ver as quedas d'água, a cidade de Niagara on the Lake , que vale uma visita. Ainda tivemos de esperar um atraso de mais de 1 hora no trem do retorno, devido a medidas de segurança reforçadas no trem, que vinha dos EUA.
   No dia seguinte, pudemos curtir enfim a cidade de Toronto. Começamos o dia caminhando pelo centro até a torre CN. Após a revista de praxe e filas, seguimos para o seu observatório, em um dia muito bonito. É bacana ver o gigantismo da torre e a vista de toda a região em um verdadeiro cinema 360 graus ao vivo. Dá noção de como somos ínfimos no meio daquele mundão todo.
   Finda a visita, seguimos de taxi para Kensignton market, apesar do bom sistema de metro. http://www.ttc.ca/ . Trata-se de um bairro descolado, com arquitetura que vai de vitoriana a algo inclassificável, louquíssimo. Cafés descolados, lojas de multiprodutos de todas as origens planetárias e, não duvido, extraplanetárias. Almoçamos em um restaurante fusion de cozinha oriental-ocidental, com uma decoração belíssima , estilo budha bar de Paris. A visita ao bairro vale á pena, por entre seus tipos tão diversos e tantas multicores.
   Á noite, vá a um dos seus shows no seu Entertainement district, com seus diversos teatros. Reservas e compras em  http://www.mirvish.com/
   Termine a noite em um restaurante de um dos seus bairros étnicos. Existem distritos de diversas origens: italiano, coreano, polonês , grego, indiano e claro, canadense. Descrições e reserva online de restaurantes no superprático http://www.opentable.com/ , inclusive com aplicativo para iphone.
   Ainda deu tempo para um passeio rápido pela Bloor street, área de grifes e de restaurantes chiques, região dos ricos da cidade, com lugares bonitos e de bom gosto. Para chegar lá, pegue o metro TTC para a estação Bay.
   Há muita coisa a mais para ver e fazer em Toronto. Precisamos de novas visitas para ir a seus parques e a outros bairros, ou quem sabe a um jogo de hoquei ou basquete. Ficam as boas embranças enquanto embarcamos para nossa próxima etapa: Montreal via Ottawa

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