A Itália habita os corações brasileiros. Seja por nossa cultura estar impregnada pelos nossos imigrantes italianos que aqui também aportaram no século XIX principalmente, seja pelo ideário - nem sempre verdade- de um povo alegre, brincalhão, agradavelmente barulhento. Algo, que em nossa cultura, nos parece uma realidade inquestionável, contrapondo-se ao comportamento introspectivo e solitário dos europeus do norte.
É com esta visão que inúmeros brasileiros que não têm origem familiar italiana, embarcam para esse país cheio de expectativas. Aconselho a você que vai à Itália não esperar um povo alegre e simpático, não por que os italianos sejam grosseiros, mas porque este tipo de esteriótipo da nonna gente fina e do italiano gente boa, que gosta de conversar sobre futebol, é algo que muitas vezes nos cria uma idéia que se não concretizada, faz-nos sentir tristes e chateados. Razão esta que já me fez ver muitos brasileiros voltando da Itália reclamando da falta de educação dos italianos.O mesmo em relação a outros países.
Em realidade não existe povo simpático nem povo antipático.Em todo país há gente legal, comunicativa e gente grossa, desagradável. Tudo tem a ver com personalidade e com as experiências pessoais de cada um.
Lembro-me em uma viagem pela Grécia, que ao dizer que era brasileiro, numa era pré internet e pré- Grécia na comunidade européia, que o grego ficou tão louco de alegria, que me levou a seu salão de cabelereiro querendo cortar "de grátis " meus cabelos. O homem era um apaixonado por futebol brasileiro e dizia a escalação da seleção de 70 de ida e volta.
Jamais esquecerei um taxista de origem anglo-saxônica , no outro lado do mundo, que ao se despedir (deveria ser frio pelo nosso esteriótipo), depois de uma corrida de meia hora, perguntou que lingua falávamos, e se emocionou, com os olhos cheios de lágrima ao referir que não ouvia há muitos anos o portugues brasileiro de uma falecida amiga amada. Um velhinho já me perseguiu na Austria , perguntando a minha esposa de onde éramos. O mesmo já aconteceu na Dinamarca (um povo frio?), de onde tivemos muita simpatia e indicações de lugares a visitar.
Por outro lado, certa feita vi uma vendedora de sorvetes chateada e agressiva atrás de um balcão, porque foram feitos dois pedidos de sorvete ao mesmo tempo- coisa comum em nossa cultura- e não na cultura anglo-saxonica, o que para ela foi ofensivo. Já vi também , em uma fila, franceses- que têm fama de mal educados- reclamarem do comportamento de franceses de uma loja em Paris, referindo-se a eles como mal educados. Já fui muito bem tratado por franceses e por argentinos, que têm fama de serem pedantes e prepotentes e mal tartado pro chilenos, tchecos , que têm fama de serem legais.
Jamais esquecerei um taxista de origem anglo-saxônica , no outro lado do mundo, que ao se despedir (deveria ser frio pelo nosso esteriótipo), depois de uma corrida de meia hora, perguntou que lingua falávamos, e se emocionou, com os olhos cheios de lágrima ao referir que não ouvia há muitos anos o portugues brasileiro de uma falecida amiga amada. Um velhinho já me perseguiu na Austria , perguntando a minha esposa de onde éramos. O mesmo já aconteceu na Dinamarca (um povo frio?), de onde tivemos muita simpatia e indicações de lugares a visitar.
Por outro lado, certa feita vi uma vendedora de sorvetes chateada e agressiva atrás de um balcão, porque foram feitos dois pedidos de sorvete ao mesmo tempo- coisa comum em nossa cultura- e não na cultura anglo-saxonica, o que para ela foi ofensivo. Já vi também , em uma fila, franceses- que têm fama de mal educados- reclamarem do comportamento de franceses de uma loja em Paris, referindo-se a eles como mal educados. Já fui muito bem tratado por franceses e por argentinos, que têm fama de serem pedantes e prepotentes e mal tartado pro chilenos, tchecos , que têm fama de serem legais.
Observo que a minha teoria de que não existem povos mal educados e povos agradáveis é real. Acredito mais na individualidade das pessoas, que se aplica a sua natureza, nível de estresse e educação pessoal.
Contudo, gosto sempre de lembrar que, seja aonde você for, vc será embaixador de seu país.
Seu comportamento será um norte para a idéia que estrangeiros- que não conviveram com brasileiros- terão, a partir de então, de todo cidadão de sua nacionalidade.
Contudo, gosto sempre de lembrar que, seja aonde você for, vc será embaixador de seu país.
Seu comportamento será um norte para a idéia que estrangeiros- que não conviveram com brasileiros- terão, a partir de então, de todo cidadão de sua nacionalidade.
Mas a melhor maneira de tentar ser bem tratado é ser discreto, tentar ser educado e sorrir, coisa cada vez mais rara ....
E não deixe de ir à Itália. O país é lindo....
E não deixe de ir à Itália. O país é lindo....
Acabei de chegar da minha primeira viagem a Itália e, sem dúvida alguma, um país maravilhoso, uma história viva por toda ela. Concordo em que "não existe povo simpático nem povo antipático.Em todo país há gente legal, comunicativa e gente grossa, desagradável. Tudo tem a ver com personalidade e com as experiências pessoais de cada um". Mas a minha experiência desta vez mostrou-me uma maioria grosseira e mandona, no trato conosco,turistas. Uma comida horrorosa, saí de lá com fome, mas valeu a pena pela beleza do país. Em Londres, desta vez os taxistas foram gentilíssimos, devem ter feito algum curso de boas-maneiras. E em Paris, como da primeira vez, brigamos com o garçon de um restaurante. Na verdade encontramos também muita gente solícita e atenciosa.
ResponderExcluirMas como você diz, e é verdade, devemos viajar sem a expectativa de encontrarmos um povo gentil e hospitaleiro, devemos fazer a nossa parte, sermos educados e discretos. Assim se viaja bem e se volta sem traumas ou frustrações.
Maria Tereza